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quarta-feira, 9 de março de 2016

Aborto, o grito silencioso dos que não nasceram

A questão do aborto esteve no topo da lista das grandes discussões políticas em nossa nação. Este é um
assunto solene, que merece nossa maior atenção. Não devemos ser frívolos em sua análise. O aborto sempre foi
e ainda é assunto de debates entre juristas e legisladores; é tema da ética cristã que exige um posicionamento
da igreja. Algumas ponderações precisam ser feitas no trato dessa matéria: Quando começa a vida? Quem tem
o direito de decidir sobre a interrupção da vida? Em que circunstâncias um aborto pode ser justificado? O que a
Palavra de Deus tem a dizer sobre o assunto? Não queremos, neste artigo, discutir aqueles casos de exceção,
onde a medicina e a ética cristã precisam fazer uma escolha entre a vida da mãe ou do nascituro. Queremos,
sim, alertar para a prática indiscriminada e irresponsável do aborto, fruto muitas vezes, de uma conduta imoral.
Embora seja ainda matéria de discussão, é consenso geral que a vida começa com a fecundação. A ciência
apresenta o fato de que a vida humana inicia com a fecundação e termina com a morte. Desde a concepção,
todos os componentes da vida já estão potencialmente presentes para o seu pleno desenvolvimento. É desse
óvulo fertilizado que se desenvolve o ser humano pleno, corpo e alma. Na perspectiva bíblica, Deus é o autor da
vida e ele mesmo é quem forma o nosso interior e nos tece no ventre da nossa mãe. É Deus quem nos forma de
maneira assombrosamente maravilhosa. O salmista diz: “Os meus ossos não te foram encobertos, quando no
oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda
informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um
deles havia ainda” (Sl 139.15,16). A Bíblia fala do ser antes do nascer. Davi diz: “Eu nasci na iniqüidade, e em
pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5). Jó descreve sua existência pré-natal afirmando: “Porventura não me
vazaste como leite e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste, e de ossos e tendões me
entreteceste” (Jó 10.10). Fica claro na perspectiva da Escritura, que a vida começa na concepção.
A lei de Deus é enfaticamente clara: “Não matarás” (Ex 20.13). Deus é o autor da vida e só ele tem autoridade
para tirá-la (1Sm 2.6). A decisão acerca do aborto não pode ser apenas uma discussão restrita à mãe e ao seu
médico. O direito à vida é um direito sagrado e deve ser amplamente discutido, sobretudo, à luz da ética cristã.
O aborto é a eliminação de uma vida. É um assassinato. E o mais grave: um assassinato com requintes de
crueldade. O aborto é matar um ser indefeso, incapaz de proteger-se. É tirar uma vida que não tem sequer o
direito de erguer a voz e clamar por socorro. Ah! Se os milhões de crianças que não chegaram a nascer
pudessem gritar aos ouvidos do mundo, ficaríamos estarrecidos diante dessa barbárie. Ficamos chocados com o
Holocausto, onde seis milhões de judeus foram mortos nos campos de concentração e nos paredões de
fuzilamento. O aborto, entretanto não é menos perverso. O ventre materno em vez de ser um refúgio da vida,
torna-se o corredor da morte; em vez de ser o berço da proteção, torna-se o patíbulo da tortura; em vez de ser o
reduto mais sagrado do direito à vida, torna-se a arena mais perigosa da morte. O aborto é um crime com vários
agravantes, pois não raro, a criança em formação é envenenada, esquartejada e, sugada do ventre como uma
verruga pestilenta e indesejável. Oh, que Deus tenha misericórdia da nossa sociedade! Que Deus tenha piedade
daqueles que legislam! Que Deus tenha compaixão daqueles que favorecem ou praticam tamanha crueldade!

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