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quarta-feira, 9 de março de 2016

As qualificações de um presbítero

Das quinze qualificações exigidas para um homem ocupar presbiterato da igreja, apenas uma tem a ver com a
habilidade de ensino. Os requisitos para se ocupar uma posição de liderança na igreja exigem excelência moral
mais que intelectual. As qualificações estão relacionadas com a personalidade, o caráter e o temperamento da
pessoa (1Tm 3.2-7). São uma espécie de catálogo de virtudes em contraposição ao catálogo de vícios descritos
em 2Timóteo 3.2-5. Destacaremos algumas áreas importantes que devem ser observadas, quando da escolha
da liderança espiritual da igreja.
Área familiar
Dois pontos merecem destaque:
O presbítero precisa ser marido de uma só mulher (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo seja […] esposo de
uma só mulher…”. O que essa afirmação significa? Há três coisas que não significam: Não significa que um
homem solteiro esteja impedido de exercer o presbiterato. Também não significa que um homem que ficou viúvo
e casou-se novamente esteja impedido de ser presbítero. Finalmente, não significa que um homem divorciado,
cujo divórcio ocorreu por infidelidade ou abandono do cônjuge, esteja impedido de exercer esse sagrado
ministério. Em outras palavras, um presbítero não pode ser um polígamo nem um adúltero.
O presbítero precisa liderar sua casa (3.4,5). “E que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob
disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de
Deus?)”. O primeiro rebanho do presbítero é sua família. Se ele fracassa em cuidar da sua casa está
desqualificado para cuidar da casa de Deus. Se não cria os filhos no temor do Senhor, fica prejudicado para
exortar os filhos dos demais crentes. Se os próprios filhos não lhe obedecem nem respeitam, dificilmente sua
igreja o obedecerá e respeitará sua liderança.
Área financeira
O presbítero não pode ser um homem avarento (3.3). “… não avarento”. A avareza é o apego ao dinheiro. É
amar o lucro mais do que a Deus. É estar apegado ao dinheiro mais do que ao ministério. É lidar com as pessoas
interessado nos bens que elas possuem em vez de lutar pelo bem das pessoas.
Área dos relacionamentos interpessoais
Quatro coisas devem ser aqui destacadas:
O presbítero não pode ser violento (3.3). “… não violento”. Um presbítero é um pastor que busca as ovelhas
para apascentá-las e não para golpeá-las. Um presbítero não pode agredir as pessoas com palavras nem com
atitudes. Não pode ser rude com as ovelhas. O presbítero é alguém que atrai as pessoas pela sua doçura e
graça. As pessoas correm para ele na hora da aflição.
O presbítero precisa ser cordato (3.3). “… cordato”. Uma pessoa cordata luta pela paz. É um pacificador. É um
construtor de pontes e não um cavador de abismos. Não espalha boatos, mas promove reconciliação. Não atiça
o fogo da contenda, mas apaga as chamas da malquerença.
O presbítero precisa ser inimigo de contendas (3.3). “… inimigo de contendas”. Não basta ao presbítero não criar
contendas; ele não pode ser passivo diante delas. O líder cristão é inimigo de contendas. É um homem engajado
na promoção da paz. Suas palavras e suas atitudes são cuidadosamente pensadas para não colocar uma
pessoa contra a outra.
O presbítero precisa ser hospitaleiro (3.2). O presbítero deve ter o coração aberto, o bolso aberto e a casa
aberta. Tem prazer em receber as pessoas em sua casa e ajudá-las em suas necessidades.

Tendo tratado no domingo anterior da primeira parte, quando abordamos as qualificações para aqueles que
aspiram o presbiterato, focando as áreas familiar, financeira e os relacionamentos interpessoais, hoje
continuaremos, falando sobre a reputação pessoal, o domínio próprio, a maturidade espiritual e sua habilidade
para o ensino.
Área da reputação pessoal
Duas virtudes são aqui mencionadas:
O presbítero precisa ser irrepreensível (3.2). “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível…”. O
catálogo de virtudes do presbítero começa com um requisito que a tudo abrange. Uma pessoa irrepreensível é
aquela que não apresenta nenhum defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada ou presente, que
os maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para desacreditá-lo. Trata-se daquela pessoa que
não está exposta a ataque ou censura. Uma pessoa irrepreensível não é a mesma coisa que uma pessoa
perfeita; trata-se de alguém que tem uma vida coerente no lar, na igreja, no trabalho, na sociedade. É um homem
que não tem vida dupla. É uma pessoa plenamente confiável, inexpugnável. Os inimigos podem assacar contra o
presbítero toda sorte de acusações, mas ele sairá ileso, pois não apenas tem uma boa reputação, mas também a
merece.
O presbítero precisa ter bom testemunho dos de fora (3.7). “Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom
testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo”. Embora o presbítero exerça seu
ministério entre os domésticos da fé, seu testemunho transborda para além das fronteiras da igreja. Sua vida fora
dos portões não é diferente daquela vivida dentro da família e da igreja.
Área do domínio próprio
Destacamos aqui quatro virtudes:
O presbítero precisa ser temperante (3.2). “… temperante”. O presbítero precisa ser sóbrio, atento, vigilante. A
temperança tem a ver com o domínio de seus impulsos tanto na área sexual como em relação à bebida alcoólica.
O presbítero precisa ser sóbrio (3.2). “… sóbrio”. O presbítero precisa ser prudente, sensato e disciplinado. A
sobriedade é a aquela virtude em que o homem se coloca acima das paixões e desejos e tem completo domínio
sobre os desejos sensuais. Refere-se a seus gostos e hábitos físicos, morais e mentais.
O presbítero precisa ser modesto (3.2). “… modesto”. O presbítero precisa ser honesto e decoroso. É o homem
em quem se unem força e beleza. Um homem modesto é despojado de vaidade, avesso à soberba.
O presbítero precisa ser controlado quanto à bebida alcoólica (3.3). “Não dado ao vinho…”. Um presbítero não
pode ser um beberrão. A embriaguez não combina com o pastoreio. O álcool entorpece a mente e dificulta a
faculdade de julgamento. Portanto, ensinar a palavra e ser dado ao vinho são duas coisas que não andam de
mãos dadas.
Área da maturidade espiritual
O presbítero não pode ser um homem neófito (3.6). “Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e
incorra na condenação do diabo”. Um presbítero não poder ser um novo convertido, imaturo na fé. Precisa ser
alguém sólido da fé, firme na doutrina e experimentado na vida. A imaturidade espiritual é o portal da soberba e a
soberba é o solo escorregadio onde o diabo derruba muitos líderes.
Área pedagógica
O presbítero precisa ser apto para ensinar (3.2). “… apto para ensinar”. A palavra grega didaktikos, traduzida por
“apto para ensinar” significa habilidade e aptidão para ensinar. O presbítero precisa ser um homem que se
afadigue na Palavra e no ensino (5.17). O presbítero é um mestre, que ensina o significado da verdade cristã. É
em estudioso que se esmera tanto no estudo como no ensino. E ensina tanto pela palavra como pelo exemplo.
Ensina com palavras e também como por obras.

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